Resumo ↩
A Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation (EGPAF) previne a transmissão do HIV e trata pacientes soropositivos em 12 países fortemente impactados pelo vírus. A instituição buscava uma forma mais completa de usar seus dados para potencializar sua missão.
Com o apoio do hackathon Microsoft Hack4Good e da parceira Squadra Digital, a EGPAF está usando uma solução baseada em IA do Azure para analisar grandes volumes de dados e melhorar os resultados clínicos. A IA fornece insights baseados em evidências e impulsiona uma cultura orientada por dados.
A solução, chamada glAIser, utiliza IA preditiva e generativa para identificar tendências, facilitar relatórios rápidos e embasar decisões que refinam programas e otimizam a alocação de recursos. Com esses insights, a EGPAF está aprimorando o cuidado com os pacientes e salvando vidas.
História ↩
Aos 18 anos, Dee Mphafi Tanka testou positivo para HIV. Um médico lhe disse friamente que ela ficaria doente e morreria de AIDS — uma perspectiva assustadoramente real em seu país natal, Lesoto, onde o HIV ainda é a principal causa de morte. Tanka encontrou apoio, tratamento e esperança com especialistas da EGPAF, uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos que trabalha para prevenir a transmissão vertical do HIV (de mãe para filho) e defende políticas para acabar com o HIV e a AIDS em crianças e famílias.
Graças ao suporte médico e psicossocial recebido da EGPAF, Tanka não apenas desafiou a sentença de morte anunciada nove anos antes — ela também deu à luz uma menina livre do vírus e hoje trabalha com jovens mulheres afetadas pelo HIV em Lesoto.
“O HIV não me define, nem acaba com meus sonhos de um futuro próspero”, diz Tanka. “Minha filha e eu representamos que é possível acabar com a AIDS pediátrica.”
A missão e a virada tecnológica ↩
A EGPAF há muito tempo é um fio de esperança para pessoas como Tanka. A fundação visa o fim do HIV e da AIDS, começando pelas crianças, mas o mundo ainda tem um longo caminho a percorrer. Em países com altas taxas de infecção, as disparidades no acesso ao tratamento entre adultos e crianças estão aumentando.
Para acelerar sua missão e alcançar mais pessoas com cuidado eficaz, a EGPAF está recorrendo à inteligência artificial.
Com o apoio da Microsoft Hack4Good e da parceira Squadra Digital, a organização criou o glAIser, um assistente inteligente alimentado por IA do Azure. A solução analisa petabytes de dados institucionais para gerar insights, criar visualizações e apoiar decisões baseadas em evidências.
“A Microsoft está nos ajudando a alcançar o próximo nível da nossa missão”, diz o Dr. Shabbir Ismail Abbas, vice-presidente de Informação Estratégica, Avaliação e Pesquisa da EGPAF.
“Essa tecnologia melhora a eficiência e a eficácia das nossas soluções, maximizando o uso dos dados para melhor programação e atendimento de maior qualidade. É uma nova era de tecnologia e conhecimento.”“Nenhuma criança deve ter HIV. O suporte à tomada de decisão clínica impulsionado por IA ajuda nossos profissionais a serem mais eficazes e a oferecer o mais alto padrão de cuidado, em busca dessa visão.”
— Dr. Shabbir Ismail Abbas
Avanços tecnológicos acelerados ↩
A EGPAF atua em 12 países fortemente afetados pelo HIV e usa diferentes sistemas eletrônicos de informação em saúde, alguns desenvolvidos pela própria fundação para agências governamentais africanas. Cada sistema coleta dados variados — desde informações demográficas até detalhes sobre medicamentos.
Antes, esses dados ficavam fragmentados, o que causava longos atrasos para comparações, como a redução de casos de transmissão.
Para resolver isso, a EGPAF criou uma infraestrutura de dados unificada, consolidando tudo na Glaser 360, uma data lakehouse que centraliza as informações.
O Azure Data Factory integra dados de diferentes sistemas, armazenando-os de forma segura e anônima no Azure Data Lake. O Azure Databricks realiza o processamento (ETL) e o Power BI possibilita análises e visualizações avançadas.
Mineração de dados para insights transformadores ↩
Mesmo com a Glaser 360, a EGPAF ainda não tinha equipe suficiente para análises complexas. Por isso, durante o hackathon da Microsoft, a fundação se uniu à Squadra Digital. Em três semanas, desenvolveram o glAIser, um assistente de IA que realiza mineração de dados com base no Azure OpenAI Service.
O glAIser usa RAG supervisionado (Retrieval Augmented Generation) e compreende comandos em linguagem natural, transformando-os em consultas estruturadas que identificam os conjuntos de dados e indicadores corretos.
Ele gera gráficos interativos, resumos textuais e insights práticos — por exemplo, comparando o número de crianças testadas para HIV por país e sexo.
“Com essa solução de IA, os usuários não recebem apenas dados — recebem interpretação”, explica Mike Bitok, gerente de Implementação em Saúde Digital e Análise de Dados da EGPAF.
A solução permite que equipes com diferentes níveis técnicos façam perguntas e obtenham respostas imediatas, impulsionando uma cultura orientada por dados.
“Facilitar o acesso a dados vai melhorar significativamente nossa cultura de uso de informação”, reforça Abbas.
“A solução coloca dados, análises e insights nas mãos dos tomadores de decisão... Isso é revolucionário.”
— Charlie Maere, diretor global de Saúde Digital e Análise de Dados da EGPAF
Melhorando o cuidado com pacientes ↩
A EGPAF acumula bilhões de pontos de dados de mais de 18 milhões de pacientes atendidos. Antes, engenheiros de dados levavam meses para gerar relatórios. Agora, com a IA, consultas ao glAIser levam segundos.
Por exemplo, o sistema pode identificar fatores associados à baixa adesão ao tratamento, sinalizando pacientes com maior risco de abandono terapêutico, permitindo que médicos intervenham antes da piora clínica.
“A IA generativa e preditiva está nos ajudando a melhorar a qualidade dos serviços oferecidos em nossas unidades de saúde”, diz Abbas.
Programas de saúde mais eficazes ↩
Graças à EGPAF, a transmissão materno-infantil do HIV caiu 50% no mundo todo. O período crítico para prevenir a infecção no recém-nascido é de 6 a 8 semanas — e a IA ajuda a agir a tempo.
O glAIser permite análises globais, nacionais e por clínica, identificando tendências e regiões críticas, orientando a distribuição de recursos e esforços de prevenção.
Com isso, a EGPAF consegue redirecionar equipes, insumos e campanhas para locais com maior incidência.
Além disso, o sistema é capaz de identificar padrões preocupantes — como aumento de pacientes que não iniciam tratamento — e alertar a equipe para criar intervenções rápidas e direcionadas.
“A tecnologia, incluindo o glAIser com IA do Azure, nos capacita a aprimorar a experiência dos pacientes. Nenhuma criança deve ter HIV.” — Dr. Shabbir Ismail Abbas
Conclusão ↩
Com a colaboração entre EGPAF, Microsoft e Squadra Digital, a fundação está transformando dados em decisões que salvam vidas.
A IA está permitindo diagnósticos mais rápidos, planejamento mais inteligente e uma nova cultura de saúde baseada em dados.
Saiba mais sobre a Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation:
Conteúdo original produzido por Microsoft aqui.